A Contadoria Judicial Unificada (CJU), departamento vinculado à Corregedoria Geral da Justiça de Alagoas (CGJAL), devolveu 7.600 processos judiciais e garantiu celeridade em diversas unidades do 1º grau de jurisdição do Judiciário alagoano. O feito histórico foi possível graças à união de esforços entre instituições públicas.
Desde o mês de janeiro, quando iniciou as atividades à frente da Corregedoria, o desembargador Celyrio Adamastor buscou parceria com o Governo do Estado, o Tribunal de Contas, a Assembleia Legislativa e a Prefeitura de Maceió, e conseguiu a cessão de sete contadores para dar apoio ao setor.
"Os cálculos mais complexos sempre representaram um dos principais desafios para o Judiciário, mas, graças a essa colaboração conjunta, conseguimos atender a essa demanda, um dos nossos maiores objetivos desde o início da gestão. Com essas atividades realizadas, a sociedade se beneficia de uma maior celeridade processual prestada pela Justiça de Alagoas”, comentou o corregedor Celyrio Adamastor.
O trabalho foi desenvolvido por 33 profissionais, entre contadores, analistas, técnicos e estagiários. No início do semestre, o setor acumulava 4.100 processos pendentes, recebeu mais 3.500 ao longo do período e conseguiu finalizar e devolver todos os processos dentro do prazo.
Para o juiz auxiliar Geneir Marques, os números apresentados refletem o esforço coletivo e o compromisso contínuo do Judiciário em assegurar a celeridade dos processos.
"Além da devolução dos cálculos complexos às unidades judiciárias, o departamento também entregou 26.000 custas processuais, o que demonstra a eficácia da colaboração entre todos os envolvidos durante este período. O Judiciário tem imensa gratidão pelos profissionais que se dedicaram, bem como pelas instituições que contribuíram para esse resultado", afirmou o juiz.
Como são cálculos que precisam ser elaborados por contadores, foi necessário o reforço de nove profissionais, além dos seis que pertencem ao quadro atual do Judiciário. Segundo a coordenadora Cristiane Cunha Lima Costa, além de dar cumprimento aos 4.100 processos, a equipe também conseguiu concluir a demanda diária - que é de 25 a 35 processos.
Cristiane afirma que, na maior parte dos casos, os cálculos se referem a progressão de carreira, insalubridade, periculosidade (e demais reflexos incidentes sobre a remuneração), questões relacionadas a bancos, pensão alimentícia e honorários advocatícios.
Como o fluxo foi normalizado no setor, Cristiane afirma que será possível manter a devolução dos processos diários em até 48 horas.
“Esse resultado é inédito para o Judiciário alagoano. Zerar a fila de cálculos contribui de forma efetiva e eficiente para a celeridade dos processos e, com o apoio da Corregedoria, conseguimos pessoal técnico especializado e uma grande força-tarefa para elaboração dos cálculos judiciais”, disse.