No momento em que o corpo foi localizado, no último sábado (02), Jaciele conta que estava comprando roupas para ir até a delegacia ajudar nas diligências para encontrar a prima. No entanto, ela disse que, quando foi avisada, entrou em desespero no estabelecimento junto de outra parente.
“O que mais deixou a consciência pesar é o local [onde foi encontrada]. A gente passou por lá, a gente procurou tanto, passamos por lá e não encontramos”, relatou Jaciele.
Ana foi encontrada em uma fossa nos fundos de uma chacará. Segundo a prima, manchas de sangue foram encontradas dentro da casa e perto da fossa é possível ver uma grande quantidade de cabelo, que a família acredita ser da jovem.
“A gente voltou no local hoje e todos os cabelos estão lá. Como que enterra com dignidade? Ninguém aqui vai poder abrir o caixão para ver a menina. Ninguém vai poder ver ela pela última vez”, disse a prima.
FAMÍLIA COBRA JUSTIÇA
Um homem, de 43 anos, está preso apontado como o principal suspeito de assassinar a menina. De acordo com testemunhas, o suspeito é um rosto conhecido dos familiares, já que Ana Beatriz atuou por um tempo como babá para a família dele. Além disso, o suspeito teria pago o valor da viagem da jovem até o local onde ela sumiu.
A família acredita que outras pessoas podem estar envolvidas no homicídio e cobra Justiça e a conclusão do caso.
“O que eu puder fazer para que ele pegue a pena máxima, eu vou fazer. Eu vou concluir o curso de Direito, não só por mim. Caso existam outras Bias no futuro, eu venha a ser a voz delas”, explica Moura.
Nesta segunda-feira (05), uma entrevista coletiva será concedida na sede da Secretaria de Segurança Pública de Alagoas (SSP/AL), para apresentar mais detalhes sobre o caso.
O que se sabe é que Ana Beatriz foi vista com vida pela última vez no dia 8 de abril ao deixar o Ifal, no Centro de Maceió. Segundo a Polícia Civil, a jovem de 15 anos saiu da escola mais cedo que o normal, no início da tarde. Em seguida, ela foi de mototáxi para Garça Torta.
O principal suspeito está preso e pagou a viagem dela até o Litoral Norte. A advogada Júlia Nunes, que representa a defesa de Ana Beatriz, revelou que a adolescente teria um conflito “severo” com a esposa do suspeito preso.