Por outro lado, a oposição está ganhando cada vez mais terreno no Legislativo. No primeiro mandato, JHC conseguiu trazer para a sua base a maioria dos potenciais adversários. Por algum tempo, a vereadora Teca Nelma (PT) era praticamente a única que “batia de frente” até que no último ano de mandato o MDB se movimentou e fortaleceu a bancada com Joãozinho (MDB), Kelmann Vieira (MDB) e Zé Márcio Filho (MDB), mas não havia tempo para muita mudança.
Agora, em 2025, com a chegada de Rui Palmeira (PSD), o tom subiu. O ex-prefeito de Maceió está empenhado em levar para a Casa Legislativa todo o debate sobre os problemas enfrentados pela cidade com JHC. Apesar de estar em número reduzido, a oposição já faz mais barulho.
O fortalecimento da oposição na Câmara de Maceió tem gerado confiança na vereadora Teca Nelma (PT), que avalia este cenário como positivo, mesmo com uma minoria de vereadores na Casa.
“Não somente acredito, como já fizemos. Diversas lutas do meu mandato na Câmara Municipal resultaram em melhorias concretas para a população. Por exemplo, fui a primeira vereadora a fazer uma denúncia ao Ministério Público contra a instalação de ácido sulfúrico no Porto de Maceió. A Prefeitura, até então, recuou. Fiz diversos remanejamento de emendas no orçamento municipal para contemplar áreas que considero prioritárias, como Assistência Social, Educação, Habitação e tantas outras. Então, sim. Óbvio que não é fácil lutar contra uma bancada enorme que o prefeito tem na Câmara Municipal, mas com o apoio da população a gente consegue vencer várias batalhas”, argumenta.
Apesar de a posição consolidada na oposição, ela garante que tenta avaliar os projetos com racionalidade. “Não sou oposição por oposição, mas não tenho amarras para votar todos os projetos de interesse da Prefeitura. Se a iniciativa for boa para a população, votarei a favor, caso não, votarei contra e farei a resistência que for possível”.
Mas em se tratando da gestão, ela elenca diversos problemas que vê e pretende utilizar o mandato para cobrar.
“Reparação às vítimas da Braskem, mobilidade urbana, educação e assistência social são os maiores problemas na atual gestão. Quanto às vítimas da Braskem, é inaceitável que a Prefeitura de Maceió não tenha se empenhado, até o momento, pela realocação e indenização das famílias que estão isoladas nos Flexais, no Bom Parto e adjacências. O que ocorre ali é uma grande falta de sensibilidade da gestão. Sobre a mobilidade urbana, Maceió foi muito afetada pelos desastres ambientais, sobretudo o crime da Braskem. Não ter planejamento de mobilidade urbana e a falta de atualização do Plano Diretor faz com que a cidade viva um caos diário”, destaca a parlamentar.